sábado, 27 de agosto de 2011

Estamparia digital, revolução para a indústria têxtil


Estampa digital exclusiva SantaConstancia para Menehhune-verão 2012

A estamparia digital funciona como uma impressora de papel e possibilita que os desenhos sejam fiéis, tenham mais cores e riqueza de detalhes do que nos métodos clássicos. Além disso, o processo é menos poluente. Consome 75% a menos de água, menos componentes químicos e o desperdício do produto final é menor.

O processo digital é feito em três fases: preparação do desenho + impressão + acabamento. A tecnologia reproduz imagens, cores, padrões e desenhos utilizando cabeçotes de impressão à jato de tinta, comandados por computador”, explicou Paula Furtado, gerente comercial da La Estampa. A preparação do desenho e o acabamento é que fazem toda a diferença no resultado final.

Costanza Pascolato, diretora de estilo da tecelagem Santaconstancia, alerta que a tecnologia não é mais barata nem mais simples que as tradicionais. “Ela é em torno de 20 vezes mais lenta do que a convencional”, disse. “E por ser nova, ainda está em evolução. Nossa visão de futuro é que as duas técnicas vão conviver harmoniosamente, cada uma delas explorando o maior potencial e especificidade de cada desenho", disse. “No entanto, o custo, apesar de maior por metro, compensa pela possibilidade de produzir metragens menores sem a obrigatoriedade de uma quantidade mínima."

Tradicionalmente, os tecidos passam por telas vazadas com os desenhos e a estampa é construída na medida em que as telas correm pelo comprimento deles. Também existem as feitas com cilindros, que substituem as telas.

O designer Jonny Macali, que já desenvolveu estampas para marcas como Herchcovitch, Ellus e Zoomp, acredita que, em pouco tempo, a estamparia digital deve se tornar o método mais utilizado pela indústria e com o aumento da oferta, os custos também devem diminuir.

Marcas como Givenchy , 3.1 Phillip Lim , McQueen , Prada e Menehhune usaram esse recurso nas suas últimas coleções.

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